sábado, 1 de maio de 2010

(não) Há um Iceberg em você...

De acordo com Elizabeth Kubler Ross, quando estamos morrendo ou sofremos uma perda catastrófica, passamos por 5 estágios de luto.
Passamos pela negação, a perda é tão inconcebível que não acreditamos nela; ficamos bravos com todo mundo, bravos com os sobreviventes, bravos conosco e então barganhamos. Nós suplicamos, imploramos, oferecemos tudo o que temos e não temos, oferecemos nossa alma em troca de apenas mais um dia. Quando a barganha falha e a raiva é demais para persistir, ficamos deprimidos, desesperados, até que finalmente aceitamos que todo o possível foi feito e desistimos. Desistimos e tentamos aceitar, muitas vezes em vão.
Dessa forma, sempre que perdemos alguém, imaginamos inúmeras coisas que poderíamos ter feito, dito, ou deixado de dizer; um sorriso a mais, um abraço ao invés da indiferença ou até mesmo um aceno, mesmo que distante. Porém é tudo em vão, sabemos que a pessoa querida não estará mais ao nosso lado, mas insistimos em chorar, gritar e descabelar, ou – ao contrário disso tudo – permanecemos imóveis, “frios e calculistas”.

E então, vem o pensamento de aprender a dar mais valor a quem ainda podemos, aos que ainda respiram ao nosso lado. Mas é em vão novamente, nunca – ou quase nunca – levamos isso à sério a ponto de cumprir com a promessa feita a nós mesmo dentro de um quarto com a cabeça enfiada no travesseiro.
Outras vezes ficamos mais vulneráveis, à ponto de dizer “eu te amo” até mesmo à quem não amamos, à ponto de deixar rolar aquela lágrima que insiste em sair dos nossos olhos assistindo Grey’s Anatomy e de se matar com drogas alternativas.

Infelizmente - ou felizmente - não sou daqueles que choram, gritam e se descabelam em enterros. Talvez se assim fosse, não me culparia tanto ouvindo Epitáfio (Titãs) e deixaria de fazer essas horríveis promessas das quais sou ciente de que não as cumprirei nem por um mês. Talvez não deixaria que tirassem o gelo de dentro de mim e tão pouco me tornaria uma pessoa tão vulnerável.
Talvez o gelo nunca existiu, foi apenas algo criado por mim para não me apegar tanto.

Talvez, talvez, talvez... O talvez sempre me amedronta, mas sempre me faz seguir a diante. Sempre funciona como uma desculpa, desculpa perfeita para a insegurança, desculpa perfeita para por culpa em alguém.
Talvez esteja certa, talvez não... De talvez em talvez, de perda em perda, vou seguindo à diante.
Talvez feliz, talvez nem tanto, mas ninguém precisa saber mais do que eu. Ninguém precisa ter certeza de nada, o duvidoso sempre interessou às pessoas, e porque não à mim?!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Feliz aniversário


Dia 26 de março para mim sempre foi um dia tão comum, sem nada que o diferenciava dos demais, sem grandes recordações ou qualquer coisa que fizesse com que eu olhasse para essa data de um modo diferente;

E hoje, como de costume, após os estudos li meus e-mails, alimentei meu cachorrinho do Petville no Facebook (sim, coisa de quem não tem o que fazer - apesar de eu ter o que fazer, e muito), e – finalmente – entrei no orkut, a aniversariante do dia é, ninguém mais ninguém menos, que você.

Fui até a sua página de recados e deixei um “feliz aniversário ;)”, nenhuma palavra a mais, nenhum espaço a menos; já ia sair quando me veio em mente, como se fosse uma voz clara (talvez seja minha consciência ou eu apenas esteja ficando louca, o que é bem provável já que estudos dizem que uma mente sob pressão pode transforma-las em alucinações, bom, mas isso não vem ao caso agora) “só isso?”.

Ao ir a sua página inicial vejo dois depoimentos escritos com tanto carinho e – mais uma vez - a voz da minha loucura consciência me fala “ela é mais importante pra eles do que pra você?”. Não, não é. Pode-se dizer que ela, no caso você, tenha uma presença marcante na vida do Zé ou do outro rapaz que deixou o depoimento, mas não sei se é tão importante para eles o quanto é para mim; foi então que eu me dei conta que – por mais que eu possa não estar com um bom humor hoje, possa não estar inspirada – eu tenho que lhe desejar um feliz aniversário ao menos notável!

Eu sei que não nos falamos todos os dias, toda semana, na verdade não nos falamos nem todo mês. Mas eu preciso lhe dizer – antes que passe – que eu torço muito por você, pela sua felicidade, pelo seu futuro, pela sua carreira, pelas suas realizações. Eu torço para que você não se torne apenas uma mulher, mas que se torne uma MULHER com letras garrafais, uma mulher de dar orgulho, que – não apenas seus amigos possam ter orgulho de você – mas seu pai, seus filhos, seu netos; uma mulher que faça diferença entre tantas simples mulheres!

E eu acho que hoje seria o melhor dia para eu lhe dizer tudo isso, talvez não com as melhores palavras, mas com os melhores sentimentos.

Não vou lhe desejar dinheiro, homens, saúde, paz, ou diversas outras coisas que eu desejo a todos aniversariantes, mas hoje quero lhe desejar mais letras garrafais na sua vida, quero lhe desejar mais luz no seu caminho, mais decisões importantes, mais sorte, mais sonhos (mesmo eles não se realizando, sonhe), não posso deixar de lhe desejar Juízo, não aos outros, mas à você; pense no amanhã, nos pós e contras (mas não muito para não enlouquecer); e o mais importante, mergulhe, mesmo que com medo de não lhe dar pé, mergulhe, as vezes alguns goles de água em uma lago profundo seja necessário para aperfeiçoar nossa natação, as vezes um gole de água seja recompensado com a vista do fundo do mar; então: mergulhe.

E mais uma vez eu lhe desejo um FELIZ ANIVERSÁRIO, mas agora de uma forma mais notável ao menos ;)

Eu te amo (sim, eu sei o que isso significa haha)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Não se esqueça de tomar respiração...

Alguma vez você já mergulhou mais fundo do que deveria?! E quando percebeu a distancia em que se encontrava da margem já era tarde?!

Já esteve excitado demais para pensar na consequência ao pular de ponta naquela água cristalina a qual você desconhecia o fundo?!

Quantas vezes você queria tanto ver o fundo do mar, que se esqueceu de tomar respiração; se esquece de ver se "dava pé"?!
O fundo pode ser velo, mas não vá muito longe, não se esqueça que seus pulmões, seu sangue, seu cérebro e cada célula do seu corpo precisa de oxigênio para sobreviver; vez ou outra volte para a margem para se certificar de que ainda consegue por os pés no chão; para não se esquecer que ali fora não é tão belo quanto lá dentro, mas pode ser mais seguro..

Volte! Mas volte enquanto ainda há tempo, enquanto ainda há forças de nadar até a margem; mesmo que ofegante, volte... A terra firme pode sujar seus pés molhados, mas a terra É FIRME!!