sábado, 30 de julho de 2011

seguimento

uma conversa aleatória, uma música indicada, uma entrevista lida, lembranças de uma infância roubada e muita máscara acumulada em baixo dos olhos. 
Um sorrido falso, uma resposta dada, uma mudança de assunto e uma cerveja aberta. 
Muita risada dada, muita saudade matada, e um sorriso de despedida. 
Um "boa noite" falado, uma memória funcionando, e já não existe mais máscara nos cílios. 
Uma noite em claro, dois olhos inchados, um dia corrido e mais um "bola pra frente".

sábado, 1 de maio de 2010

(não) Há um Iceberg em você...

De acordo com Elizabeth Kubler Ross, quando estamos morrendo ou sofremos uma perda catastrófica, passamos por 5 estágios de luto.
Passamos pela negação, a perda é tão inconcebível que não acreditamos nela; ficamos bravos com todo mundo, bravos com os sobreviventes, bravos conosco e então barganhamos. Nós suplicamos, imploramos, oferecemos tudo o que temos e não temos, oferecemos nossa alma em troca de apenas mais um dia. Quando a barganha falha e a raiva é demais para persistir, ficamos deprimidos, desesperados, até que finalmente aceitamos que todo o possível foi feito e desistimos. Desistimos e tentamos aceitar, muitas vezes em vão.
Dessa forma, sempre que perdemos alguém, imaginamos inúmeras coisas que poderíamos ter feito, dito, ou deixado de dizer; um sorriso a mais, um abraço ao invés da indiferença ou até mesmo um aceno, mesmo que distante. Porém é tudo em vão, sabemos que a pessoa querida não estará mais ao nosso lado, mas insistimos em chorar, gritar e descabelar, ou – ao contrário disso tudo – permanecemos imóveis, “frios e calculistas”.

E então, vem o pensamento de aprender a dar mais valor a quem ainda podemos, aos que ainda respiram ao nosso lado. Mas é em vão novamente, nunca – ou quase nunca – levamos isso à sério a ponto de cumprir com a promessa feita a nós mesmo dentro de um quarto com a cabeça enfiada no travesseiro.
Outras vezes ficamos mais vulneráveis, à ponto de dizer “eu te amo” até mesmo à quem não amamos, à ponto de deixar rolar aquela lágrima que insiste em sair dos nossos olhos assistindo Grey’s Anatomy e de se matar com drogas alternativas.

Infelizmente - ou felizmente - não sou daqueles que choram, gritam e se descabelam em enterros. Talvez se assim fosse, não me culparia tanto ouvindo Epitáfio (Titãs) e deixaria de fazer essas horríveis promessas das quais sou ciente de que não as cumprirei nem por um mês. Talvez não deixaria que tirassem o gelo de dentro de mim e tão pouco me tornaria uma pessoa tão vulnerável.
Talvez o gelo nunca existiu, foi apenas algo criado por mim para não me apegar tanto.

Talvez, talvez, talvez... O talvez sempre me amedronta, mas sempre me faz seguir a diante. Sempre funciona como uma desculpa, desculpa perfeita para a insegurança, desculpa perfeita para por culpa em alguém.
Talvez esteja certa, talvez não... De talvez em talvez, de perda em perda, vou seguindo à diante.
Talvez feliz, talvez nem tanto, mas ninguém precisa saber mais do que eu. Ninguém precisa ter certeza de nada, o duvidoso sempre interessou às pessoas, e porque não à mim?!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Feliz aniversário


Dia 26 de março para mim sempre foi um dia tão comum, sem nada que o diferenciava dos demais, sem grandes recordações ou qualquer coisa que fizesse com que eu olhasse para essa data de um modo diferente;

E hoje, como de costume, após os estudos li meus e-mails, alimentei meu cachorrinho do Petville no Facebook (sim, coisa de quem não tem o que fazer - apesar de eu ter o que fazer, e muito), e – finalmente – entrei no orkut, a aniversariante do dia é, ninguém mais ninguém menos, que você.

Fui até a sua página de recados e deixei um “feliz aniversário ;)”, nenhuma palavra a mais, nenhum espaço a menos; já ia sair quando me veio em mente, como se fosse uma voz clara (talvez seja minha consciência ou eu apenas esteja ficando louca, o que é bem provável já que estudos dizem que uma mente sob pressão pode transforma-las em alucinações, bom, mas isso não vem ao caso agora) “só isso?”.

Ao ir a sua página inicial vejo dois depoimentos escritos com tanto carinho e – mais uma vez - a voz da minha loucura consciência me fala “ela é mais importante pra eles do que pra você?”. Não, não é. Pode-se dizer que ela, no caso você, tenha uma presença marcante na vida do Zé ou do outro rapaz que deixou o depoimento, mas não sei se é tão importante para eles o quanto é para mim; foi então que eu me dei conta que – por mais que eu possa não estar com um bom humor hoje, possa não estar inspirada – eu tenho que lhe desejar um feliz aniversário ao menos notável!

Eu sei que não nos falamos todos os dias, toda semana, na verdade não nos falamos nem todo mês. Mas eu preciso lhe dizer – antes que passe – que eu torço muito por você, pela sua felicidade, pelo seu futuro, pela sua carreira, pelas suas realizações. Eu torço para que você não se torne apenas uma mulher, mas que se torne uma MULHER com letras garrafais, uma mulher de dar orgulho, que – não apenas seus amigos possam ter orgulho de você – mas seu pai, seus filhos, seu netos; uma mulher que faça diferença entre tantas simples mulheres!

E eu acho que hoje seria o melhor dia para eu lhe dizer tudo isso, talvez não com as melhores palavras, mas com os melhores sentimentos.

Não vou lhe desejar dinheiro, homens, saúde, paz, ou diversas outras coisas que eu desejo a todos aniversariantes, mas hoje quero lhe desejar mais letras garrafais na sua vida, quero lhe desejar mais luz no seu caminho, mais decisões importantes, mais sorte, mais sonhos (mesmo eles não se realizando, sonhe), não posso deixar de lhe desejar Juízo, não aos outros, mas à você; pense no amanhã, nos pós e contras (mas não muito para não enlouquecer); e o mais importante, mergulhe, mesmo que com medo de não lhe dar pé, mergulhe, as vezes alguns goles de água em uma lago profundo seja necessário para aperfeiçoar nossa natação, as vezes um gole de água seja recompensado com a vista do fundo do mar; então: mergulhe.

E mais uma vez eu lhe desejo um FELIZ ANIVERSÁRIO, mas agora de uma forma mais notável ao menos ;)

Eu te amo (sim, eu sei o que isso significa haha)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Não se esqueça de tomar respiração...

Alguma vez você já mergulhou mais fundo do que deveria?! E quando percebeu a distancia em que se encontrava da margem já era tarde?!

Já esteve excitado demais para pensar na consequência ao pular de ponta naquela água cristalina a qual você desconhecia o fundo?!

Quantas vezes você queria tanto ver o fundo do mar, que se esqueceu de tomar respiração; se esquece de ver se "dava pé"?!
O fundo pode ser velo, mas não vá muito longe, não se esqueça que seus pulmões, seu sangue, seu cérebro e cada célula do seu corpo precisa de oxigênio para sobreviver; vez ou outra volte para a margem para se certificar de que ainda consegue por os pés no chão; para não se esquecer que ali fora não é tão belo quanto lá dentro, mas pode ser mais seguro..

Volte! Mas volte enquanto ainda há tempo, enquanto ainda há forças de nadar até a margem; mesmo que ofegante, volte... A terra firme pode sujar seus pés molhados, mas a terra É FIRME!!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Brasil, uma eterna esperança

Depois do acontecimento deplorável das provas terem sido roubadas, do ladrão ter dito que só fez isso para mostrar ao Brasil tamanha falta de segurança na gráfica, depois de tanta confusão dos locais de prova e de todo o escândalo envolvendo o ENEM, as datas para a realização das provas chegaram. Foram dois dias cansativos e corridos, mas mesmo assim os estudantes brasileiros levaram a sério e encararam de frente os enunciados enormes e os textos cansativos de cada questão, um tema super ultrapassado para a redação, pois falar de corrupção - como foi o recorte proposto - ninguém guanta mais.
Ao contrário do que nosso querido Haddad disse, as provas foram SIM um tanto conteúdistas, segundo o MEC elas seriam pura lógica e raciocínio. Sem contar que as questões não foram muito abrangentes, davam voltas e mais voltas e caiam no mesmo lugar, mas isso já era de se esperar, e é totalmente aceitavel. Agora, depois de enrolações, depois de responder 90 questões diárias em um espaço mínimo de tempo (muita gente teve que chutar grande parte das questões por falta de tempo), quando você só quer corrigir sua prova e ter uma noção básica de como foi, entra no site do INEP e dá de cara com um gabarito totalmente errado!
Tivemos que aceitar calados o roubo, a prova adiada, locais de prova totalmente errados e agora isso?!
A organização do enem está igual a organização da educação brasileira, um caos!!
Como pudemos encontrar em uma das questões: "Brasil, a eterna esperança".

ps: desculpe a quem não fez enem e não quer saber do mesmo, mas não consegui me conter :)
Tchau e até a próxima ;)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Te encontro por aí

Lembro-me de estar pronta para sair contigo, mas de última hora minha mãe pede para eu terminar de fazer algumas coisas. Me irrito, claro, não posso perder a festa de aniversário de sua avó. Mas ela - como uma boa mãe - promete que assim que eu acabar tudo, ela me levará a Maringá... Isso me deixa mais calma, mas mesmo assim fico "resmungando" por não poder ir contigo (o que é minha especialidade até hoje).
Ao passar aqui em casa, recordo-me ainda da sua cara falando que me espera, que não está com pressa. Mas já estou nervosa, falo para você ir que depois eu vou...
Você sai chateado por eu não estar indo com você - pois segundo você, seria a maior alegria de sua mãe ver nós dois chegando juntos. Mas eu, com minha ingenuidade, apenas lhe falo "da próxima vez a gente vai junto, Fê".
Passam-se 40 minutos e eu recebo uma ligação de sua mãe, perguntando se já estamos chegando. Ao falar que não fui contigo, a decepção tornou-se clara em sua voz, mas eu não podia fazer mais nada, você já tinha saído...
Passando mais uns 20 minutos, ela tornou a me ligar, dizendo que não estava conseguindo falar contigo e que já era para você ter chego (afinal, maringá não é tão longe assim). Mas pedi para ela se acalmar, você ainda ia passar na casa de mais uns amigos antes de sair (sim, eu menti para ela, mas não podia falar que a verdade. Que talvez você não quisesse falar com ela ;x).
Estou pronta para sair quando o telefone toca mais uma vez, dessa vez é o Duh (ah, como eu sinto saudade desse corno), com a voz trêmula pergunta onde eu estou. Ao dizer que ainda estou em casa, ele suspira tranquilizado (sim, também achei horríveis essa palavra sem trema) e fala que me ligará em instantes.
Eu, sem entender nada, vou em direção ao carro quando penso em ligar para você... Toca, toca e ninguém atende, confesso que te xinguei por isso. O fato de não ter ido com você, não é motivo para não me atender --'
Tento novamente, e nada. Ultima tentativa, prometo... "chhhhhhhh" uma chiadeira (''chadeira'' existe?) misturado com o som de algumas sirenes, foi tudo o que eu ouvi... "Não, eu devo ter ligado errado, melhor tentar falar com o Duh novamente".
O Eduardo, com sua voz fraca e trêmula, pergunta se estou preparada. Isso me assusta, mas digo que sim, que ele pode falar...
Ao ouvir que você se acidentou, fico branca, minhas pernas não conseguem mais me manter em pé e eu caio sentada no sofá. Minha amiga pergunta o que houve, com todo aquele barulho do meu lado e eu consigo escutar o som de uma lágrima pingando no meu colo... O Duh continua gritando no telefone, mas eu já não tenho força para falar mais nada. Minha amiga o toma de minha mão e começa a falar com o Eduardo, perguntando o que houve... Quando eu consigo falar, apenas digo "a mãe, como está a mãe dele? Alguém avisou a Tia Leila?" tudo fica escuro, fecho os olhos e encosto a cabeça no sofá... O desespero achou meu endereço, conseguiu entrar em minha casa sem ser convidado e tomou conta do meu pensamento.
Alguém tinha que fazer algo, então resolvo ligar para a tia Leila, mas em seguida tenho que desligar " e se ela atender, o que direi?! Força, eu preciso de força". Depois de algumas tentativas fracassadas, finalmente eu crio coragem e ligo para sua mãe, sem saber muito bem o que dizer, falo o que aconteceu. A voz dela de desesperada corta meu coração, e já falo que você está bem, que vai se recuperar. Mas nada adianta, o desespero continua corroendo ela por dentro...
Chegando ao hospital, fico sabendo que você ficará internado, pois está em coma. Mas ainda resta a esperança de eu acordar daquele sonho, de alguém chegar para mim e falar "calma, é só uma piadinha de mal gosto". Mas não, isso não acontece... A cada minuto eu tenho menos tempo, e logo descubro que não é uma piada, ao te ver deitado naquela cama. Eu não posso evitar, minhas lágrimas escorrem como se estivessem apostando corrida, vendo quem chega mais rápido até meu queixo. Abraço sua mãe e não consigo conter meu choro, mas ela me fala que ainda tem esperança, que você vai ficar bem logo. (que vergonha, ser consolada por sua mãe).
Passo a noite ali no hospital, com a esperança de ouvir um "ele abriu o olho", mas não, só o que ouço é um "ele se foi". Pronto, já não tem mais volta. você se foi pra sempre e me deixou aqui sozinha... E a única coisa em que consigo pensar é que era para eu estar contigo, que se você tivesse me esperado, nada disso teria acontecido... Você não encontraria com aquele camioneiro bêbado na pista, você poderia comemorar o aniversário de sua avó como toda pessoa normal e toda família feliz... Sim, eu me sinto culpada por isso até hoje!
Confesso que nunca vi um velório tão lindo quanto o seu (mentira, perdeu para o do meu avô que tinha mais de 500 pessoas no funeral, mas fora isso o seu foi lindo)... Passam-se algumas horas e sua mãe fala que tem que conversar comigo, fico sem jeito, afinal, o que eu falaria para ela? "desculpe por não estar com seu filho, por não ter deixado ele me esperar"? Fui ficando nervosa e tentei "escapar" dela, mas isso foi por pouco tempo, pois ela conseguiu me alcançar...
Já em sua casa, ela vai ao seu quarto e volta com uma caixinha, me entrega e diz "ele queria te entregar isso, mas faltou coragem e tempo", fico sem graça e abro a caixa. Lá dentro eu encontro um porta retrato lindo com uma foto nossa, sinto meu rosto corar e novamente uma lágrima brotar no canto de meu olho...
Ao olhar para sua mãe, ela está sorridente. Não entendo o motivo, ela acabou de perder seu filho mais novo, como pode estar sorrindo daquela maneira?! Pergunto o que houve e ela diz com uma voz suave "você está rosada, não precisa ficar assim... Ele se foi, mas eu ganhei uma filha, você... Ele sempre gostou muito de você, e semana passada pediu para que eu cuidasse de você, pois ele faria uma viagem muito longa, não fique triste minha filha, ele se foi... Mas sempre te amou".
Pronto, não preciso dizer que comecei a chorar novamente, né Fê?! você me conhecendo como conhece, sabe bem como sou :)
Agradeço pela segunda mãe que me deixou, estou cuidando dela direitinho, ok?!
Essa noite sonhei com você, sei que já não está mais aqui do meu lado, mas hoje é seu aniversário e eu não podia deixar de lembrar de você...
Pouco mais de um ano sem você, mas que parece uma eternidade.
Felippe Ozório, Jamais esquecerei de você!


Deixe a música falar por mim :)
aliados 13 - Te encontro por aí­

sábado, 10 de janeiro de 2009

Isso acaba com a gente;

sinto sua falta;
sinto falta de poder compartilhar algumas coisas contigo;
sinto falta de lhe falar de música e românce;
sinto falta de você me incentivando quando tinha jogo do São Paulo;
sinto falta de você me desejando toda a felicidade do mundo quando ia viajar, ou quando descobri que ia me mudar;
sinto falta de jogar conversa fora contigo;
sinto falta de poder lhe dizer "sinto muito" quando não podia te ajudar ;s
sinto falta de tudo o que contamos um pro outro, tudo o que prometemos um pro outro, de todo o momento de amizade que compartilhamos...
sinto falta de quando você dizia que me adorava, que eu era uma boa pessoa e que merecia ser feliz ;~
sinto falta de quando confiava em mim...
sinto falta de tudo o que vinha de você
sinto sua falta...

mesmo sem a confiança de sempre, quando precisar, eu hei de estar aqui :)